Portugal has had a high rate of forest fires in recent years. Inhaled wood smoke can have short- and long-term effects on the lung function of people exposed to it.
Study objectivesTo assess the lung function of active wildland (forest) firefighters.
MethodsCross-sectional study. A self-questionnaire on personal and work habits was used and spirometry values were obtained using Piko-6® for a 209 people sample.
ResultsWe found a high rate of smoking (42.9%) and an 11.8% prevalence of obstruction. 41.7% of the obstructed individuals were non-smokers, did not state a knowledge of any respiratory disease, engaged in no other activity that could be related to lung function decrease and did not wear airway protection apparatus. 85.7% did not use any airway protection apparatus when firefighting due to lack of such equipment in their brigades.
ConclusionsData showed that there is a high prevalence of smoking habits in this sample of Portuguese firefighters; there is an unsatisfactory usage of airway protection apparatus and the prevalence of airway obstruction is higher than the COPD prevalence in the Portuguese population. We recommend stopping smoking and use of equipment for respiratory protection.
Nos últimos anos, Portugal tem sido afectado por muitos incêndios florestais. O fumo produzido pela combustão de material orgânico é responsável por efeitos a curto e longo prazo na função respiratória de indivíduos expostos.
ObjectivoCaracterizar a função respiratória de bombeiros voluntários portugueses no activo expostos a fumo de incêndio florestal.
MétodosEstudo descritivo transversal. Aplicou-se um questionário individual sobre hábitos pessoais e ocupacionais e mediram-se parâmetros espirométricos, através do Piko-6®, a uma amostra de conveniência de 209 bombeiros voluntários.
ResultadosConstatou-se uma elevada taxa de hábitos tabágicos (42,9%). Encontrou-se uma prevalência de padrão obstrutivo de 11,8%. Dos indivíduos obstruídos, 41,7% não fumavam, não tinham conhecimento de doença respiratória nem outra actividade ocupacional que condicionasse risco de alterações respiratórias e nega-vam o uso de meios de protecção das vias aéreas. Durante o combate a incêndios, 85,7% não usava meios de protecção das vias respiratórias, tendo-se observado carência deste tipo de material nas diferentes corporações.
ConclusãoOs resultados obtidos permitiram constatar elevada prevalência de hábitos tabágicos nesta amostra de bombeiros portugueses, baixo grau de utilização de meios de protecção das vias respiratórias e uma prevalência de obstrução brônquica superior à média nacional de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). Recomendam-se medidas de cessação tabágica e de uso de material protector das vias respiratórias.
Estudo realizado no âmbito da disciplina de Saúde Pública do 6.° ano da licenciatura em Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. / Study undertaken for the Public Health module, part of the 6th year of the BSc in Medicine, Medical Sciences School, Universidade Nova de Lisboa.