Journal Information
Vol. 12. Issue 3.
Pages 281-291 (May - June 2006)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 12. Issue 3.
Pages 281-291 (May - June 2006)
Full text access
Ventilação mecânica e obstinação terapêutica ou distanásia, a dialéctica da alta tecnologia em medicina intensiva
Mechanical ventilation and medical futility or dysthanasia, the dialectic of high technology in intensive medicine
Visits
418
Filipe Monteiro*
This item has received
Article information
Resumo

Distanásia ou qualquer um dos seus sinónimos é uma consequência do excesso terapêutico em relação ao prognóstico esperado. A obstinação terapêutica é um dos dilemas éticos mais angustiantes no quotidiano de medicina intensiva, apesar de a sua apreciação encontrar um suporte normativo em várias instituições e organizações. A manutenção ou não suspensão da ventilação mecânica numa determinada circunstância de fim de vida pode ser considerado como um exemplo paradigmático de obstinação terapêutica.

A compreensão desta postura passa pela análise e reflexão do acto médico à luz de alguns conceitos ético-filosóficos.

Palavras-chave:
Ética
obstinação terapêutica
distanásia
medicina intensiva
Abstract

Dysthanasia or any of its synonyms is a consequence of excessive technical science, without any reasonable chance of achieving a therapeutic benefit for the patient.

Medical futility is a distressing ethical dilemma of intensive care medicine. Its recognition has led to a precept support in various institutions and organizations.

Not withdrawing or withholding mechanical ventilation in certain circumstances can be considered as a paradigmatic model of medical futility.

The understanding of this posture implies a philosophical approach and reflexion of medical practice.

Key-words:
Ethics
medical futility
dysthanasia
intensive medicine
Full text is only aviable in PDF
Bibliografia
[1.]
A.K. Simonds.
Ethics and decision making in end stage lung disease.
Thorax, 58 (2003), pp. 272-277
[2.]
R.M. Watcher, J.M. Luce.
Respiratory failure from severe Pneumocystis carinii pneumonia: entering the third era.
Chest, 106 (1994), pp. 1313-1315
[3.]
P.H. Hawley, et al.
Decreasing frequency but worsening mortality of acute respiratory failure secondary to AIDS-related Pneumocystis carinii pneumonia.
Chest, 106 (1994), pp. 1456-1459
[4.]
S.A. Bozzette, et al.
Length of stay and survival after intensive care for severe Pneumocystis carinii pneumonia: a prospective study.
Chest, 101 (1992), pp. 1404-1407
[5.]
J.S. Groeger, et al.
Multicenter outcome study of cancer patients admitted to the intensive care unit: a probability of mortality model.
J Clin Oncol, 16 (1998), pp. 761-770
[6.]
G.D. Rubenfeld, S.W. Crawford.
Withdrawing life support from mechanically ventilated recipients of bone marrow transplants: a case for evidence-based guidelines.
Ann Intern Med, 125 (1996), pp. 625-633
[7.]
G. Saydain, et al.
Outcome of patients with idiopathic pulmonary fibrosis admitted to the intensive care unit.
Am J Respir Crit Care Med, 166 (2002), pp. 839-842
[8.]
J.B. Stern, et al.
Prognosis of patients with advanced idiopathic pulmonary fibrosis requiring mechanical ventilation for acute respiratory failure.
Chest, 120 (2001), pp. 213-219
[9.]
S. Nava, et al.
Survival and prediction of successful ventilator weaning in COPD patients requiring mechanical ventilation for more than 21 days.
Eur Respir J, 7 (1994), pp. 1645-1652
[10.]
J.L. Vincent.
Foregoing life support in western European intensive care units: the results of an ethical questionnaire.
Crit Care Med, 27 (1999), pp. 1626-1633
[11.]
L.T. Cowley, E. Young, T.A. Raffin.
Care of the dying: an ethical and historical perspective.
Crit Care Med, 20 (1992), pp. 1473-1482
[12.]
Platão. Fédon.(Trad. de T. S. Azevedo. Coimbra: Livraria Minerva, 1998: 130).
[13.]
B. Fernandes.
Ética e Valores Humanos.
Revista da Ordem dos Médicos, (1991), pp. 6-8
[14.]
J. Biscaia.
Qualidade de vida em vida com limites.
Acção Médica, 3 (1992), pp. 5-14
[15.]
«Catecismo da Igreja Católica». Gráfica de Coimbra, 1993. parágrafos 2277-2279: 486-487.
[16.]
Igreja Católica, Papa João Paulo II. O Evangelho da Vida. Lisboa: Editora Rei dos Livros 1995: 115.
[17.]
J. Gil.
Portugal, hoje: o medo de existir.
Relógio d’Água Editores, (2004),
[18.]
A. Antunes, A. Estanqueiro, M. Vidigal.
Filosofia.
Editorial Presença, (2000),
[19.]
E. Morin.
Reformar o Pensamento.
Instituto Piaget, (1999),
[20.]
Santos L. Ética da investigação biomédica: módulo IX. Lisboa: Fac Med Lisboa 2000-2001. II Mestrado em Bioética. p. 1.
[21.]
Vasconcelos P. A relação típica do doente com o médico: módulo IV. Lisboa. Fac Med Lisboa 2000-2001. II Mestrado em Bioética, p. 6.
[22.]
V.F. Pinto.
Saúde para todos.
Edições Paulus, (1999),
[23.]
«Informações ao Cidadão. Carta dos Direitos e Deveres dos Doentes» [online]. Disponível na World Wide Web em: .
[24.]
Becker E.
A negação da morte.
2.ª edição., Editora Record, (1995),
[25.]
J.R. Almeida.
Vida e morte: sentido e esperança.
Edições Salesianas, (1989),

Assistente Hospitalar Graduado no Serviço de Pneumologia do Hospital de Santa Maria, Lisboa. Mestre em Bioética.

Copyright © 2006. Sociedade Portuguesa de Pneumologia
Pulmonology
Article options
Tools

Are you a health professional able to prescribe or dispense drugs?