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Vol. 7. Issue 2.
Pages 163-165 (March - April 2001)
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Vol. 7. Issue 2.
Pages 163-165 (March - April 2001)
AS NOSSAS LEITURAS
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“Hospital em Casa” versus internamento hospitalar para doentes com exacerbação de DPOC: Estudo prospectivo, controlado e randomizado
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L. Davis, M. Wilkinson, S. Bonner, P.M.A. Calverley, R. Mangus
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RESUMO

O objectivo do estudo foi comparar o tratamento “hospitalar em casa” com o tratamento em internamento hospitalar na exacerbação da DPOC.

O local de realização do estudo foi o Hospital Universitario Aintree, em Liverpool.

A população alvo foi seleccionada a partir de doentes com DPOC agudizada encaminhados ao Serviço de Urgência para internamento hospitalar, após avaliação medica inicial nos Cuidados Primanos.

Como criterios de inclusiio salienta-se:

FEV1<80% do valor predictivo;Frequencia cardfaca <; I 00 ciclos/min;

pH>7.35, Pa02>7.3 kPa (55mmHg), PaC02

<8kPa (60mmHg).

A presença de pneumotórax, pneumonia ou insuficiencia ventricular esquerda grave, assim como a necessidade de cuidados de enfermagem permanentes ou de terapêutica endovenosa, foram considerados criterios de exclusão.

A intervenção clínica com cuidados de enfermagem no domicílio foi efectuada num grupo de doentes randomizados numa proporção de 2/1 em alternativa ao intemamento hospitalar.

O grupo de doentes tratado no domicílio envolveu uma equipa composta por enfermeiro especialista, clinico geral e suporte social. Foi fomecido nebulizadores para aerossolterapia com salbutamol e brometo de ipratropium, e prescrito corticóides orais e antibióticos. Em caso de agravamento os doentes poderiam ser referenciados para intemamento.

Os mesmos fármacos foram administrados aos doentes internados com restante intervenção da responsabilidade do clfnico hospitalar.

As medidas de a valiação de resultados foram:

Percentagem de intemamento as duas semanas e aos tres meses; Alterações no FEV1 em relação ao basal nas mesmas datas;

Mortalidade.

Quanta aos resultados, dos 583 doentes com DPOC agudizada referenciados para internamento,l92 preenchiam os criterios de selecção mas 42 recusaram participar no estudo.

Assim,lOO doentes foram randomizados para tratarnento no domicflio, 9 dos quais vieram a necessitar de intemamento hospitalar nas primeiras duas semanas.

Os 50 doentes tratados no Hospital tiveram uma media de intemamento de cinco dias. A avaliação dos dais grupos não revelou diferenças significativas em relação:

FEV1 após broncodilatação. O valor a entrada foi de 36.1% do predictivo no grupo tratado no domicflio e de 35.1% no grupo hospitalar. Na segunda semana o valor foi respectivamente 42.6% e 42.1% e ao terceiro mês 41.5% e 41.9%:

Internamento aos tres meses após a alta, cuja percentagem foi 37% no grupo tratado em casa e 34% no grupo sujeito a cuidados hospitalares;

Mortalidade, respectivamente de 9% e 8% em cada grupo.

Em conclusão, os autores consideram que os cuidados hospitalares em casa sao uma prática altemativa ao intemamento imediato, em casas seleccionados de doentes com exacerbação de DPOC.

Palavras-chave:
Cuidados domiciliários
Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
Hospital em casa
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